Investir em Imóveis com ETFs

Tempo de leitura: 4 min

Escrito por Jean Carlo

Investir em imóveis sempre foi uma das opções mais populares para quem busca segurança e retorno a longo prazo.

No entanto, o mercado imobiliário pode ser inacessível para muitos devido ao capital necessário para adquirir um imóvel.

Nesse cenário, os ETFs (Exchange Traded Funds) que replicam índices imobiliários surgem como uma excelente alternativa.

Dois desses ETFs são o ALUG11, disponível na bolsa brasileira B3, e o VNQ, listado na bolsa americana.

Ambos têm como objetivo replicar o desempenho do índice MSCI US REIT Index, mas possuem características diferentes que devem ser consideradas pelo investidor brasileiro que deseja invetir em imóveis com ETFs

Como investir em imóveis com ETFs e O Que São ALUG11 e VNQ?

  • ALUG11: É um ETF brasileiro que busca replicar o desempenho do índice S&P Global REIT, focado em empresas do setor imobiliário global, com uma ênfase nos Estados Unidos. Ele é negociado em reais e oferece ao investidor brasileiro a oportunidade de se expor ao mercado imobiliário internacional sem a necessidade de enviar dinheiro para o exterior.
  • VNQ: É um ETF americano que visa replicar o MSCI US REIT Index, composto por empresas de investimento imobiliário listadas nos Estados Unidos. O VNQ é negociado em dólares e é uma das opções mais populares para investidores que desejam exposição ao mercado imobiliário dos EUA.

Vantagens do ALUG11 para o Investidor Brasileiro investir em imóveis com ETFs

  1. Acesso Fácil ao Mercado Internacional:
    • O ALUG11 permite que o investidor brasileiro tenha exposição ao mercado imobiliário internacional, especialmente ao dos Estados Unidos, sem precisar abrir conta em corretoras estrangeiras ou se preocupar com a conversão de moeda.
  2. Liquidez em Reais:
    • Como o ALUG11 é negociado na B3 em reais, o investidor não precisa se preocupar com a volatilidade do câmbio, o que é uma grande vantagem em tempos de instabilidade econômica.
  3. Simplicidade Tributária:
    • Investir em ETFs brasileiros como o ALUG11 simplifica as obrigações fiscais. O investidor paga 15% de imposto sobre o ganho de capital em vendas superiores a R$ 20.000, e não precisa se preocupar com a complexidade da declaração de investimentos no exterior.

Desvantagens do ALUG11

  1. Taxas de Administração Mais Altas:
    • O ALUG11 costuma ter taxas de administração mais altas do que ETFs americanos como o VNQ, o que pode corroer parte dos rendimentos ao longo do tempo.
  2. Menor Diversificação:
    • Embora o ALUG11 ofereça exposição ao mercado internacional, ele ainda é limitado em comparação com o VNQ, que possui uma ampla gama de ativos imobiliários nos EUA. O ALUG11 pode não capturar todas as nuances e diversificações do mercado imobiliário americano.
  3. Volume de Negociação:
    • O ALUG11 tem um volume de negociação menor em comparação ao VNQ, o que pode afetar a liquidez, especialmente em momentos de alta volatilidade no mercado.

Vantagens do VNQ para o Investidor Brasileiro

  1. Ampla Diversificação:
    • O VNQ oferece uma diversificação robusta dentro do mercado imobiliário americano, com exposição a diferentes setores, como escritórios, shoppings, residências e propriedades industriais. Isso proporciona uma melhor gestão de risco e potencial de retorno.
  2. Taxas de Administração Baixas:
    • O VNQ é conhecido por ter taxas de administração baixas, tornando-o uma opção eficiente em termos de custo para o investidor que busca maximizar seus retornos líquidos.
  3. Alta Liquidez:
    • Como um dos ETFs imobiliários mais populares nos Estados Unidos, o VNQ oferece alta liquidez, o que facilita a entrada e saída de posições sem grandes impactos no preço.

Desvantagens do VNQ para o Investidor Brasileiro

  1. Risco Cambial:
    • Investir no VNQ expõe o investidor ao risco cambial, já que os ativos são denominados em dólares. Flutuações no câmbio entre o real e o dólar podem afetar significativamente os retornos, tanto positivamente quanto negativamente.
  2. Complexidade Tributária:
    • O investidor brasileiro que optar pelo VNQ deve estar ciente das implicações fiscais de investir no exterior. Isso inclui a declaração de bens e direitos no exterior e o pagamento de imposto sobre ganho de capital em dólares, o que pode ser complexo e oneroso.
  3. Custos de Transação:
    • Investir em ETFs americanos como o VNQ pode envolver custos adicionais, como taxas de corretagem internacional e tarifas bancárias para a conversão de reais em dólares. Esses custos podem reduzir a atratividade do investimento.

Conclusão

Escolher entre o ALUG11 e o VNQ depende das prioridades e do perfil do investidor.

Se a simplicidade e a ausência de risco cambial são importantes, o ALUG11 pode ser a melhor opção.

No entanto, se o investidor está disposto a lidar com a complexidade tributária e com o risco cambial para obter uma maior diversificação e menores custos de administração, o VNQ pode oferecer melhores oportunidades de retorno a longo prazo.

É crucial que o investidor avalie seus objetivos financeiros, tolerância ao risco e disposição para lidar com a complexidade fiscal antes de tomar uma decisão.

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